Acadêmica de Jornalismo da Uniron se destaca como escritora
Por: Alexandre Lúcio Fernandes
A acadêmica Lívia Costa, do 6º período de jornalismo da Faculdade Uniron, a cada dia se destaca com a poesia. Dona de uma incomum sensibilidade, ela abre seu coração em crônicas repletas de sentimentos, profundas e enternecidas com muito afeto, leveza e paz. De uma linguagem poética rica, suas palavras tocam no fundo da nossa alma.
A acadêmica Lívia Costa, do 6º período de jornalismo da Faculdade Uniron, a cada dia se destaca com a poesia. Dona de uma incomum sensibilidade, ela abre seu coração em crônicas repletas de sentimentos, profundas e enternecidas com muito afeto, leveza e paz. De uma linguagem poética rica, suas palavras tocam no fundo da nossa alma.
"Na casa pequena, grandes momentos vividos, no simples de tudo, a riqueza de muitos. De tudo o que vejo, que sinto e quero, a saudade é maior, sim, dos pés descalços, brincadeiras inocentes, um mundo sem medo, sem perigo e sem dor. Era exatamente assim que me sentia, quando meus pés naquela água tocavam, lembro-me bem, de todas as tardes... O tempo passou rápido, que não pude notar, que muitas coisas, que disse jamais abandonar, hoje estão aqui, não digo largadas, pois tenho bons cuidadores. [...]" - Lívia Costa.
Para sabermos mais sobre esse seu talento, a Lívia nos concedeu uma linda entrevista, explanando um pouco sobre a importância da escrita, e o quanto ela tem propiciado aprendizados para sua alma e servindo como orientações para a sua vida pessoal e profissional. Dentre algumas coisas que ela nos confidenciou, está o papel da Faculdade de jornalismo, como algo que tem contribuído bastante para a melhoria do seu talento e sua conduta como profissional, além do sonho de lançar um livro (algo que, segundo ela, acontecerá brevemente).
Está curioso para conhecê-la? Confira a entrevista:
UCOM: Olá Lívia! Tudo bem? Conte-nos como foi e quando que surgiu o gosto de escrever?
Lívia Costa: Eu escrevo desde muito pequena. Acredito que seja herança dos exercícios diários que mamãe me passava quando pequena. Todo dia pela tarde eu tinha que entregar dois textos transcritos. Podia ser qualquer texto de qualquer livro. Ela acompanhava minha escrita. Acredito que isso estimulou. Tanto meu hábito de leitura e escrito.
UCOM: Escrever, sobretudo, poesia é algo que dá leveza, por acabar se tornando uma expressão da alma, uma forma de exteriorizar o que sentimos. Qual a sua opinião em relação a isso? E quais os benefícios que a escrita traz a você?
Lívia: A escrita sem dúvida nenhuma é um desabafo em papel. Acredito que a partir do momento que alguém expressa em poesia o que sente, é fruto de um eu que, no falar, se esconde. E isso traz a leveza, a segurança, o conforto e, principalmente, o prazer por tocar as pessoas com as palavras. Eu costumo falar para as pessoas que escrevo o que sinto e o que vejo as pessoas sentirem. Isso me levou a maior observação e análise de todas as coisas que ocorrem ao meu redor. A poesia me faz compor músicas, assim como tem direcionado o meu livro. Eu costumo poetizar tanto as coisas boas quanto as tristes, sendo transmissores das minhas alegrias e dores
UCOM: Qual seu estilo? E o que mais te influencia e te inspira na hora da escrita?
Lívia: Uma vez eu ouvi que eu sou a louca das contraditórias palavras. Eu uso muito nos meus poemas, no fundo mais raso de uma alma vazia. São palavras de sentidos opostos que nos causam, por vezes estranheza, mas que nos levam a pensar. O que seria um fundo raso? Aquilo que aparentemente seria uma coisa, mas te mostra outra. O que mais me influencia são as minhas vivências. E a inspiração vem muito de tudo isso mesmo. Às vezes numa parada de ônibus, escuto uma conversa. E através dessa conversa, eu passo a analisar o paralelo traçado na vida dessas pessoas. O que envolve, o que poderia envolver. Aí entro num mundo só meu, passando para o papel, aquilo que, muitas vezes, não é perceptível aos olhos.
UCOM: Onde você publica seus textos? Você sonha em um dia lançar um livro?
Lívia: Hoje, em um jornal impresso local, no Jornal diário Alto Madeira, em blog pessoal, chamado Cuca Literária, em um site com o mesmo nome do blog http://liviajoro.wix.com/cuca-literaria e nas minhas páginas pessoais. Sonho sim em lançar um livro. Estou trabalhando nele há um ano e meio. Eu tinha cerca de duzentas crônicas, mas, depois do roubo do meu notebook, parte delas sumiram. Mas tenho me recuperado e escrito várias outras. Esse é um objetivo para breve.
UCOM: Dentre as leituras, qual o gênero literário que você mais gosta e mais te inspira. Há algum escritor favorito que você gostaria de citar?
Lívia: Eu leio de tudo. De bule de remédio a livros de poetas gregos. E gosto muito de poesia nacional. Gosto de Fernando Pessoa, amo Carlos Drummond de Andrade. Gosto de Safos e muitos outros. Todos os estilos me inspiram.
UCOM: Como acadêmica de jornalismo, conte-nos um pouco como a faculdade tem contribuído com o seu talento de escrever e no seu desenvolvimento profissional.
Lívia: Me ajudou muito. Sou mais crítica comigo mesma. Tenho trabalhado uma linha diferenciada de poemas e crônicas mais voltadas para o lado social e menos para o romântico. O cuidado da escrita e como vai chegar até o leitor, adquiri no processo acadêmico. Enriqueci meu vocabulário devido a graduação e através da confiança de alguns professores no meu trabalho, expandi o que tenho feito para a faculdade Como exemplo, cito o Prof. Emanuel Jadir, que no decorrer de suas aulas, me convidou para uma pequena palestra em turmas de outras áreas, não apenas de comunicação social.
UCOM: Qual a sua perspectiva profissional?
Lívia: Eu penso em seguir no jornalismo literário e não parar de escrever nunca. Fazer uma especialização para trabalhar na área docente. Quero lecionar os vários tipos de jornalismo que existe.
UCOM: Primeiramente, gostaríamos de agradecer a sua disposição em conversar conosco e falar um pouco mais de você e sua escrita. Desejamos muito sucesso na sua vida acadêmica e profissional. Fique à vontade para as considerações finais.
Lívia: Eu agradeço pelo espaço, para mim é uma honra falar do que me move, do que amo e que me faz bem. Ressalto a importância da leitura não somente na área de comunicação, mas para crescimento pessoal. Por fim, deixo uma mensagem: Que a leveza do poeta, seja presente em nós, levando um abraço a quem precisa, um sorriso para quem chora e a certeza de que somos responsáveis por nossa história, e principalmente pelo que ficará dela, após a nossa morte.
Lívia Costa | Escritora, acadêmica de Jornalismo - Uniron | Blogueira e poetisa.
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Para concluir, a Lívia compartilhou essa belíssima crônica, que descreve detalhes sobre ela. Confira:
Para concluir, a Lívia compartilhou essa belíssima crônica, que descreve detalhes sobre ela. Confira:
"Por isso amo meu estado "anormal" sempre fui fora dos padrões, sempre fui para a beira do rio com um bloco de notas vislumbrar o por do sol, e transcrever o que via, nunca fui de ir ao shopping jogar conversa fora, apenas aparento a menininha da cidade, com saltos, enfeites, penduricalhos, sempre gostei dos pés descalços, do vento natural na cara, nunca liguei se o vizinho estava vendo meus momentos de frenéticos desesperos ou o êxtase de minhas pequenas conquistas, nunca fui preocupada se o sentar no chão iria sujar minha roupa fazendo alguém falar do meu desleixo, é sou assim, a louca que mesmo de salto não sabe conter uma gargalhada, mas prezando com minha palavra, olha que ha quem diga de que não sou verdadeira, muito menos transparente mesmo expondo de forma plena meus sentimentos, não me mostrarei contente quando na verdade estou frustrada muito menos ao contrário, sou intensa em meus amores e dores, sou o impar mais par que se pode encontrar sou o erro que deu certo, ou o certo que ama o erro... Contradigo-me a cada esquina vou e volto sem medo de pedir perdão. Sou a anormal que luta com loucos, cheia de utopia e desejos obscuros, acredito no que ninguém bota fé. Dou mil chances para quem me machucou e choro toda nova chance por me achar besta. Tenho o papel como melhor amigo e a caneta como guia, sou menina rebelde, mulher decidida que prova, esnoba, instiga... Que dá a entender, mas que antes de acontecer sorri e mostra a molecagem da alma, assim como vou à luta Corro pra cima e me entrego livremente, sou o passarinho da gaiola que canta toda manhã com olhos fechados relembrando suas viagens e conquistas Sou essa metamorfose ambulante como diria meu poeta."
Amante exagerado.